terça-feira, 28 de setembro de 2010

De Novo O Fascismo Atacando, Clandestinamente, Como Sempre Faz Na Sua Cobardia Habitual
(Em Volta de Uma Mentira/Video Forjado!)


Tá excelente !
Melhor radiografia
do país não parece
ser possível.
Ficamos conhecidos
internacionalmente pelas
piores razões ...
Para além de sermo
s motivo de chacota,
Sócrates e demais bicharada
ainda dizem que Portugal
deu um salto civilizacional ...
Ao que chegamos !
A "Padeira de Aljubarrota"
faz muita falta ...
(in um dos emails recebidos)


Liguei para uma pessoa amiga, tradutora de alemão e esta pessoa ligou para uma segunda pessoa, para confirmar tudo e eis o resultado - é falso que o ministro suíço se esteja a referir a Portugal, ao primeiro ministro de Portugal, José Socrates, e ao leader da Oposição portuguesa, Passos Coelho.

O ministro das Finanças suíço trata, na sua intervenção, de um assunto interno, nunca referindo Portugal, nem sequer insinuando qualquer referencia a Portugal.

Trata-se, no vídeo abaixo, que anda a ser distribuído por gentes tanto de Esquerda como de Direita, (recebi-o por 4 pessoas diferentes, de leques políticos diferentes), pois, de uma montagem, por via da colocação de um texto por cima de um discurso, dito em língua de conhecimento pouco usual e, ainda por cima, com um sotaque próprio – o suíço!

Não duvido que este email com este vídeo é distribuído pela mesma “central de comunicação” que, na internet, ataca também Manuel Alegre de “desertor”, (o que o próprio já provou que não é), de comunista, (que o passado de Manuel Alegre desmente), etc.

Infelizmente, alguma Esquerda, (até entre socialistas), como alguma Direita, democrática, num desvario anti Sócrates, embarca em todo o tipo de campanhas, porque no fundo reconhece que nesta crise, mundial, um pequeno país como Portugal pouco pode fazer, para a superar.

E, temendo o futuro, se agarra a tudo o que pareça permitir andar à tona, na crise…

Claro que o vídeo abaixo é também um caso de policia.



Na verdade, ofende o primeiro ministro de um país, o português e, a par, o leader do principal partido da oposição, ambos cidadãos eleitos democraticamente para os cargos que ocupam, bem ao contrário dos salazarentos António de Oliveira Salazar, Américo Tomás e Marcelo Caetano, os verdadeiros leaderes desta “central de comunicação”.


Curiosamente, sou eu, que me afirmo luso angolano, que, ao sentir-me estupefacto e mesmo ofendido, com tal grau de insulto, me dou ao trabalho de procurar perceber o que diz realmente o referido ministro das Finanças e acabo por perceber a mentirola que é este vídeo!


Reparem na citação acima, “melhor radiografia do país…”, “Socrates e demais bicharada”, etc. Ela mostra bem o nível nada democrático de quem põe no ar esta ridícula e insultuosa montagem.


Reduzida a pó a campanha tipo FreePort, que deu direito a meses de insultos na comunicação social, esta gentalha fascista, manipula o cidadão normal e põe-no a divulgar uma montagem fascizante, uma mentira pegada, com um único objectivo – o de pôr a prazo em causa a Democracia em Portugal.


Temos um país que se encontra dividido.


Entre,


· os que se sentem feridos nos seus “direitos adquiridos”, por isso, barafustam contra tudo e todos.


· os que estando, ao que se acham, há demasiado tempo na oposição, tudo fazem para regressar à esfera do Poder


· os que estando na oposição e sabendo-se minoritários, por incompetência uns e por opção outros, tudo fazem para pôr em causa o status existente


· os que se encontram em situação catastrófica por imposição das consequências da crise


E os,


· que procuram minorar a situação catastrófica em evidente estado de desvantagem, pois os fundos comunitários estão em fase terminal, mas o sentimento de “sermos ricos” se mantém


E, além de dividido, o país vive, entre estes divididos, um , para não dizer vários,. combate surdos.


Não tem Portugal a violência social que vimos acontecer na Grécia, mas tem Portugal quem gostaria que a mesma violência social acontecesse.


Não por quererem “uma revolução”, mas porque desejam ainda que, à anos 20 do século 20, surjam os “heróicos” e populistas leaderes, à Mussolini, que “ponham ordem” neste, para eles, “caos”.


Este combate surdo, não visível, não explicito na comunicação social, não gerando portanto heróis, novos leaderes, com novas oportunidades de novos estatutos sociais, é, na verdade, para alguns, como eu, o combate democrático dos dias de hoje.


Mas é, claro, um combate difícil de ser entendido.


Porque é fácil dizer mal, e negar a realidade, a simples e dura realidade – a de que andou Portugal a ser enganado quando se disse que seriamos, pela simples razão de estarmos na União Europeia, ricos e com direito ao Estado Social de todos os outros também da EU, sem que fosse necessário uma Estratégia e o eu cumprimento.


Mas não, nem somos ricos, nem, e tal é que é o pior, temos quem, no segmento empresarial, envergonhe os que do mesmo se sentem ainda com coragem para pensar que a economia se desenvolve reduzindo a despesa publica e adiando o compromisso de concertação social de colocar o Salário Mínimo Nacional nos 500 euros já neste 2011.


Enfim, por duas vias, reduzir o grau de consumo em Portugal.


Daí que a economia, sem empresários dinâmicos que entendam a necessidade de, por eles, sustentar – se uma dinâmica de crescimento, pelo aumento, ou sustentação, do consumo, para ter a retoma que todos desejaríamos, só possa crescer/sustentar-se com um reforço do papel do Estado, no investimento público, mínimo que seja, o que impõe a existência de mais receitas para o Estado, portanto de mais Impostos, que, para serem eficazes, exigem um pouco mais que taxar os ricos.


As medidas eficazes de redução das despesas implicam todas elas redução no Consumo, pelo que nem se entende como um empresário, que vive do que se consome, se reconheça em teses tão absurdas.


A não ser por razões estupidamente ideológicas.


O tempo das vacas gordas findou em Portugal e a promessa de melhores mundos por via dos fundos comunitários mostrou ser uma promessa vã.
Por má gestão, por má utilização dos mesmos, por se mostrar em timing insuficiente, ou por ser um errado caminho para o progresso, a verdade é que nos deparamos com uma promessa vã que, por isso, só poderia resultar mal.
Como está a resultar.
Alguns dizem, arregacemos as mangas e vamos a isso.
Outros preferem dizer, faz tu.
Os fascistas preferem assumir – está tudo podre regressemos ao passado…
Há que escolher.
E, para já, escolher é denunciar estas montagens propagandísticas!

Joffre Justino

NOTA:
Os destaque e reduções do texto, são uma tentativa de reproduzir fielmente o grafismo do texto.
Juvenal Lucas

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